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Qual é a importância da narrativa para o UX Motion Design?


Você sabe qual é a importância da narrativa no UX Motion Design? Quando falamos de animação tradicional e até mesmo de Motion Design, um dos aspectos principais para que sejam efetivos é uma boa narrativa. A história a ser contada e a maneira como a contamos têm um impacto enorme ao estabelecer conexões com as pessoas. Porém, se olharmos para o UX Motion Design, seria possível também contar histórias? Como criamos uma narrativa em um ambiente em que a animação não tem como foco entreter, mas sim informar? Chega mais que eu vou te explicar 😉

Um dos grandes pontos que diferem o UX Motion de outras formas de animação é que sua existência não depende de um roteiro propriamente dito. No Motion Design, por mais que existam diversos vídeos sem roteiros falados, as ações dos elementos em tela são suficientes para contar uma história. Ou até mesmo um simples loop animado pode conter uma mensagem ou sensação específica que o designer quis transmitir.

Como o UX Motion não é uma simples aplicação de animação de forma linear – principalmente levando-nos aos princípios nos quais seus movimentos se baseiam – a narrativa aqui é construída de forma mais ampla.

Construindo Narrativa dentro do UX Motion

A narrativa dentro do UX Motion possui três pontos-chave: a intencionalidade do aplicativo, o comportamento do usuário e a sua navegação intuitiva. Cada um desses fatores trabalha em conjunto para que a mensagem ou história de um app possa não somente ser contada, mas vivenciada por quem o utiliza.

Intencionalidade do aplicativo

Cada aplicativo que utilizamos carrega uma intenção por trás dele. Quando usamos nossos celulares, temos aplicativos para diversas funções: redes sociais para entretenimento e conexão, apps bancários para finanças, apps de email para trabalho, apps de conversa para conectar com amigos e familiares, e por aí vai.

Pode parecer óbvio a intenção de cada aplicativo a princípio, mas essa percepção ocorre muitas vezes de forma subconsciente. E isso não se dá apenas ao nível do aplicativo, mas também em relação ao aparelho que estamos usando. Afinal, quem nunca teve que pegar o celular para ver uma coisa rápida de trabalho e quando se viu estava já no 10º stories do Instagram ou vídeo do TikTok?

A intenção do usuário ao navegar por nossas interfaces estabelece a linha diretriz para nossas animações. Se estamos em um app que demanda seriedade (ex: apps bancários), a partir do primeiro contato do usuário com o UX Motion, que muitas vezes acontece na loading screen, precisamos imergi-lo nesse ambiente. Assim, definimos o contexto da nossa narrativa.

Se pensarmos igual a um filme, no início é quando conseguimos identificar se estamos falando de comédia, ação, drama… e a intenção do usuário em escolher certo tipo de filme, também vai gerar uma expectativa desde o princípio de sua história.

Comportamento do usuário

A narrativa no UX Motion segue o comportamento do usuário. Quando construímos narrativas, perguntamos: o que será necessário para o usuário fazer certa ação? O que vem antes e depois dessa ação? Como conectamos esses elementos?

Como um dos pontos fortes do UX Motion é sua atuação em transições, conectar diferentes elementos e telas ajuda a contar uma história ao usuário, de forma que ele possa compreender as mudanças de ambiente e o progresso de suas tarefas.

Se os usuários costumam seguir uma certa ordem de tarefas e clicar em botões e elementos específicos, nosso trabalho é pensar o ux motion como ferramenta para ampliar aquela ação. Ou até mesmo para incentivar que aquele caminho ocorra de forma constante em um app. A forma como cada tela e interação é amarrada, seguindo o que o usuário costuma fazer mais, é uma maneira de conectarmos a experiência em uma narrativa mais contínua.

Navegação Intuitiva

Uma navegação intuitiva ajuda na construção da narrativa à medida que a sequência de ações do usuário se torna clara e padronizada para a maioria. Ao criar animações que favorecem uma sequência de interações, estamos construindo uma narrativa que orienta o usuário por essa navegação.

Juntando isto com a intencionalidade, conseguimos elaborar uma sequência de ações e interações necessárias pelo usuário para chegar à tela final que buscamos, ou simplesmente para que ele se mantenham em nosso ambiente por mais tempo possível (como vemos em redes sociais). Ao pensarmos em uma navegação intuitiva e em cada um destes pontos de interação que queremos construir, é possível alinharmos nossas animações para favorecer essa narrativa.

Conectando todos os pontos

Uma maneira principal de observar a narrativa no UX Motion é quando desenvolvemos vídeos de apresentação de interfaces. Neles, podemos condensar claramente os 3 pontos-chave mencionados.

Ao pensar em um vídeo de apresentação de produto, temos de considerar:

  • A Intenção do usuário: Quem é este usuário? Por que ele vai usar nosso aplicativo? O que ele espera fazer ou ter de sucesso usando nosso produto?
  • O Comportamento do usuário: Onde este usuário está usando nosso produto; qual a situação dele? O quão rápido ou não ele precisa realizar essa ação? Em que dispositivo ele está navegando? É um novo usuário ou um usuário ativo?
  • A Navegação Intuitiva: Com base na intenção do meu usuário e seu comportamento, quais seriam as etapas de navegação para que ele possa sair do ponto A para B? Qual a expectativa criada conforme navegamos por cada tela? O que é mais lógico do meu usuário fazer em determinado momento? O que parece mais óbvio de se fazer após cada ação?

Estes são somente alguns exemplos, mas partindo deles e conectando todos os pontos, conseguimos criar uma experiência em um aplicativo, e apresentá-la, de forma muito mais eficaz. Entendemos o que nosso usuário quer fazer, de onde ele vem, o que ele espera, e criamos uma navegação que guia ele ao logo dessa nossa história.

Conclusão

Um bom exemplo disso, é este animação para o app-conceito Dash, voltado para o compartilhamento de bicicletas. Aqui vemos a intenção do usuário em alugar uma bike, o seu processo de entrada no aplicativo e se encontrando em uma situação sem muito crédito para utilizar o serviço. Depois mostramos a facilidade de se adicionar saldo à sua carteira e o processo para pegar sua bicicleta. Esta pequena sequência de navegação diz muito sobre o nosso usuário, o nosso app e a história que será vivenciada por muitos ao usarem o aplicativo.

No fim, o UX Motion é um potente instrumento para construirmos narrativas em nossos apps. Cada detalhe nos pontos-chave da navegação pode alterar a história contada. Além disso, em vídeos de apresentação, ainda temos o benefício de textos ou narrações para reforçar essa história através da navegação do usuário.

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    Felippe Silveira
    Felippe Silveira
    Co-Fundador do UX Motion Design, da MOWE Studio (Estados Unidos) e Mestre em Motion Design pela BAU School of Design (Espanha) encarregado de projetos de Motion para clientes como: Google, Adobe, Pepsico, Pfizer, Zeplin, entre outros.